Babassu palm in the agroforestry systems in Brazil's Mid-North region

Abstract

Babassu palms (Orbignya spp.) cover nearly 200,000 km² in Brazil, providing cash income, fuel, fibre, edible oil and food to a large number of tenant farm households. Babassu is closely integrated within pastoral and shifting cultivation systems of Mid-North Brazil. In pastures, babassu provides shade for cattle, aids soil moisture retention, produces organic matter, generates supplementary farm income at little cost, and offers year-round employment. On the other hand, the persistence of juvenile palms reduces pasture grass productivity due to plant competition, and therefore there is a trend to eradicate babassu through clearcutting and understorey suppression. At moderate densities of less than 100 individuals per ha, mature babassu palms in cropland do not appear to harm crop productivity. In such cases, palms are thinned and leaves of the remaining ones are cut back, supplying fuel for the burn and nutrients to the soil. However, reduced fallow cycles due to pasture conversion threaten babassu as well as crop productivity.

Resumo

Palmeiras de babaçu (Orbignya spp.) occorrem em quase 200.000 km² no Brazil, proporcionando renda em dinheiro, combustível, fibras, óleo e alimentos para cerca de quinhentas mil famílias de pequenos produtores rurais, a maioria arrendatários ou posseiros. O babaçu aparece integrado dentro de sistemas de produção pastorís e de agricultura migratória no Meio Norte do Brazil. Nas pastagens, o babaçu provê sombra para o gado, ajuda na retenção da umidade no solo, produz matéria orgânica, gera renda suplementar com investimento mínimo, e oferece condições para fixar a força de trabalho durante a entressafra dos produtos agrícolas. A presença de palmeiras juvenís, porém, reduz a produtividade dos pastos devido a competição, o que leva os criadores de gado a erradicar o babaçu, suprimindo tanto as palmeiras juvenís, como as palmeiras adultas.

No que diz respeito à agricultura migratória, o babaçu adulto em densidades moderadas, ou seja, até 100 indivíduos por hectare, aparentemente não reduz a produtividade das culturas anuais. Nestes casos, parte das palmeiras são desbastadas e as folhas das restantes cortadas, proporcionando combustível para a queima e nutrientes para o solo. No entanto, a redução nos ciclos de descanso devido à conversão das terras agrícolas em pastagens ameaça a produtividade quer do babaçu quer das próprias culturas.